sábado, 14 de setembro de 2013

Poças de Lama




Quando olho dentes-de-leão, eu vejo ervas daninhas invadindo meu quintal.
Meus filhos  vêem flores  para a mãe e  sopram a penugem branca  pensando em um desejo.
Quando olho um velho mendigo que me sorri,  eu vejo uma pessoa suja que provavelmente  quer dinheiro e eu me afasto.
Meus filhos vêem  alguém sorrir para  eles e sorriem de volta.
Quando ouço uma música, eu gosto. Mas não sei cantar  e não tenho ritmo; então me sento e escuto. Meus filhos sentem a batida e dançam. Cantam e se não sabem a letra, criam a sua própria.
Quando sinto um forte vento em meu rosto, me esforço contra ele. Sinto-o atrapalhando meu  cabelo e empurrando-me para trás enquanto ando.
Meus filhos fecham seus olhos, abrem seus braços
 e voam com ele, até que caiam a rir pela terra.
Quando rezo, eu digo Tu e Vós  e conceda-me isto, dê-me aquilo.
Meus filhos dizem,  "Olá Deus!
Agradeço por  meus brinquedos e  meus amigos.
Por favor, mantenha  longe os maus sonhos  hoje à noite.
Eu ainda não quero ir para o céu.
 Eu sentiria falta de minha mãe  e de meu pai !
Quando olho uma poça de lama eu dou a volta.           
 Eu vejo sapatos enlameados e tapetes sujos.
Meus filhos sentam-se nela. Vêem represas para construir, rios para cruzar  e bichinhos para brincar.

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Instrumento de Vossa Paz


Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.