sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cântico das Criaturas

 
ORAÇÃO
 
Altíssimo, onipotente e bom Deus,
Teus são o louvor, a glória, a honra
e toda benção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos,
e homem algum é digno
de Te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão Sol,
que clareia o dia
e com sua luz nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor
de Ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas meu senhor,
pela irmã Lua e as Estrelas,
que no céu formastes claras,
preciosas e belas.
Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão Vento,
pelo ar ou neblina,
ou sereno e de todo tempo
pelo qual as Tuas criaturas dais sustento.
Louvado sejas meu Senhor,
pela irmã Água,
que é muito útil e humilde
e preciosa e casta.
Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão Fogo,
pelo qual iluminas a noite,
e ele é belo e jucundo
e vigoroso e forte.
Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e nos governa,
e produz frutos diversos,
e coloridas flores e ervas.
Louvado sejas meu Senhor,
pelos que perdoam por teu amor
e suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz,
que por Ti, Altíssimo serão coroados.
Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
conforme à Tua Santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor,
e daí lhes graças
e servi-O com grande humildade.
Amém.


Quase cego, sozinho numa cabana de palha,
em estado febril e atormentado pelos ratos,
São Francisco deixou para a humanidade este canto de amor
ao Pai de toda a Criação.
A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz,
 foi composta em Julho de 1226 no palácio episcopal de Assis.
A última estrofe, que acolhe a morte,
foi composta no começo de Outubro de 1226.
 
Cântico das Criaturas
 
Doce é sentir que em meu coração humildemente vai nascendo o amor.
Doce é saber que não estou sozinho,
sou uma parte de uma imensa vida.
Uma pequena parte de uma imensa vida.
Refrão:
Que generosa reluz em torno a mim imenso dom do teu amor sem fim. 
O céu nos destes e as estrelas claras,
nosso irmão sol nossa irmã lua. 
Nossa mãe terra, com frutos, campos, flores, fogo e o vento,
o ar e a água pura,
fonte de vida de tua criatura
Refrão:
Que generosa reluz em torno a mim , imenso dom do teu amor sem fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instrumento de Vossa Paz


Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.